Fortalecer o enfrentamento às arboviroses - dengue, zika e chikungunya - no município de Várzea Grande. Foi com esse intuito que médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, que atuam na Atenção Primária, passaram por uma capacitação, nesta semana, realizada no Centro universitário de Várzea Grande (Univag), promovido pela Prefeitura de Várzea Grande em parceria com o Governo do Estado e Escritório Regional de Saúde da Baixada Cuiabana.
Conforme a coordenadora da Vigilância em Saúde de Várzea Grande, Relva Cristina de Moura, esse curso tem como finalidade tratar do atual cenário epidemiológico dessas doenças no município, orientar sobre a notificação, o diagnóstico e o manejo clínico de casos de dengue, zika e chikungunya.
“As orientações sobre o manejo clínico auxiliam os profissionais a conhecerem os sintomas associados a cada um dos agravos, avaliando os fatores clínicos para seu agravamento, além das especificações de cada tratamento e em que tipo de estabelecimento de saúde devem ser acompanhados. A capacitação ainda possibilita uma releitura sobre doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti”, pontuou Relva.
A modificação do ambiente por ações antrópicas, o crescimento urbano e as mudanças climáticas são alguns dos fatores que vêm contribuindo para a disseminação dessas doenças. O curso foi ministrado pelo Drº Dalcy de Oliveira Albuquerque Filho, graduado em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com especialização em MBA Gestão de Saúde e Controle de Infecção pelo INESP.
Dalcy destacou que a capacitação, além de aprimorar o diagnóstico para evitar complicações, valoriza o processo de trabalho e esclarece dúvidas. “A dengue, por exemplo, é uma doença endêmica no Brasil e ela vive de ciclos. Aumenta no período chuvoso, diminui na seca, porém, não desaparece. Por isso é muito importante que as pessoas estejam sempre alertas”, pontuou.
De acordo com o profissional, o protocolo baixado pelo Ministério da Saúde que está em vigência desde 2016 não mudou. Mas, de acordo com ele, é importante repassar conceitos e relembrar. “A saúde pública vivenciou a Pandemia da Covid-19 por dois anos. Todos os esforços foram concentrados para a cura das pessoas que contraíram a doença. No entanto, Mato Grosso é endêmico para as doenças tropicais e devemos combater todos os dias e principalmente tratar o paciente com o diagnóstico certo”, relatou o médico.(Assessoria | Secom VG)