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14/11/2021 as 20:28:52 | por CPB |

Escolham a vida

Gn 2:8, 9; Rm 6:23; 1Jo 5:12; Dt 30:1-20; Rm 10:6-10; Dt 4:19; Ap 14:6-12

Fotografo: CPB
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Escolham a vida
Lição 8
13 a 19 de novembro
 
 
Sábado à tarde
Ano Bíblico: At 22, 23
 
VERSO PARA MEMORIZAR: “Hoje tomo o céu e a terra por testemunhas contra vocês, que lhes propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolham, pois, a vida, para que vivam, vocês e os seus descendentes” (Dt 30:19).
 
LEITURAS DA SEMANA: Gn 2:8, 9; Rm 6:23; 1Jo 5:12; Dt 30:1-20; Rm 10:6-10; Dt 4:19; Ap 14:6-12
 
Uma mulher de 22 anos é diagnosticada com uma doença mortal, um tumor no cérebro. Mesmo com todas as maravilhas da medicina moderna, nada poderia ser feito a não ser prolongar a agonia até o inevitável. Mas essa jovem, Sandy, não queria morrer.
 
Ela planejou que, após sua morte, seu cérebro fosse congelado em um tanque de nitrogênio líquido, na esperança de preservar suas células cerebrais. E lá ficaria por cinquenta, cem, mil anos, até que em algum momento no futuro, quando a tecnologia tivesse avançado o suficiente, seu cérebro, composto de conexões neurais, pudesse ser conectado a um computador. Então, Sandy poderia “viver”, talvez até para sempre.
 
História triste, não apenas porque uma jovem estava prestes a perder a vida, mas por ter depositado nesse plano sua esperança. Como a maioria das pessoas, Sandy queria viver, porém fez uma escolha que, no fim, certamente não funcionará.
 
Nesta semana, ao continuarmos o estudo de Deuteronômio, veremos a oportunidade que nos foi dada de escolher a vida, mas de escolhê-la nos termos que Deus, o Doador e Sustentador da vida, graciosamente oferece.

Domingo, 14 de novembro
Ano Bíblico: At 24-26
A árvore da vida
 
Nenhum de nós pediu para estar aqui, certo? Não escolhemos vir à existência, nem escolhemos onde e quando nasceríamos ou quem seriam nossos pais.
 
Foi assim também com Adão e Eva. Tanto quanto uma folha, uma rocha, uma montanha, eles não escolheram ser criados por Deus. Como seres humanos, não nos foi dada apenas existência (uma rocha tem existência) e não apenas vida (uma ameba tem vida), mas vida como seres racionais livres feitos à imagem divina.
 
Contudo, também não escolhemos essa existência especial. O que Deus nos oferece, entretanto, é a escolha de existir eternamente; isto é, escolher ter vida eterna Nele, que é possível por meio de Jesus e de Sua morte na cruz.
 
1. Leia Gênesis 2:8, 9, 15-17 e 3:22, 23. Quais são as duas opções que Deus apresentou a Adão em relação à sua existência?
 
“No meio do Éden crescia a árvore da vida, cujo fruto tinha o poder de perpetuar a vida. Se Adão tivesse permanecido obediente a Deus, teria continuado a desfrutar livre acesso àquela árvore e teria vivido para sempre. Porém, quando pecou, foi destituído da participação na árvore da vida, tornando-se sujeito à morte. A sentença divina: ‘Tu és pó e ao pó tornarás’ indica completa extinção da vida” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 532, 533).
 
Desde o início, a Bíblia nos apresenta duas opções: a vida eterna, que é o que originalmente deveríamos ter tido, e a morte eterna, que em certo sentido é apenas voltar ao nada do qual viemos.
 
É interessante observar que a “árvore da vida”, cujo fruto confere imortalidade, aparece pela primeira vez no primeiro livro da Bíblia e reaparece no último. Leia Apocalipse 2:7 e 22:2, 14. Talvez a mensagem seja que, embora devêssemos ter acesso à árvore da vida, devido ao pecado perdemos esse acesso. Então, no final, uma vez que o problema do pecado esteja solucionado completamente, graças a Jesus e ao plano da salvação, os redimidos, aqueles que escolheram viver, terão acesso à árvore da vida como deveriam ter tido desde o princípio.

Segunda-feira, 15 de novembro
Ano Bíblico: At 27, 28
Sem meio-termo
 
Em toda a Bíblia, duas opções são apresentadas ao ser humano. No contexto da história do pecado, dois caminhos, dois senhores e dois destinos foram colocados diante da humanidade.
 
2. Leia os seguintes textos. Quais são as duas opções, declaradas abertamente ou implícitas? De que modo elas são apresentadas?
 
Jo 3:16
 
Gn 7:22, 23
 
Rm 6:23
 
Rm 8:6
 
1Jo 5:12
 
Mt 7:24-27
 
No final das contas, não existe meio-termo para nós. Antes que o grande conflito termine, o pecado, Satanás, o mal, a desobediência e a rebelião serão erradicados. Depois disso, cada um de nós, individualmente, terá a vida eterna, que Deus planejou para todos antes da criação do mundo, ou enfrentaremos a morte eterna, isto é, “penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do Seu poder” (2Ts 1:9). A Bíblia parece não nos dar outras opções.
 
Qual será o nosso destino? Essa resposta depende de nós mesmos. Temos a escolha diante de nós: vida ou morte.
 
3. Sobre a morte eterna, qual das opções abaixo reflete a verdade bíblica?
 
A. ( ) O lago de fogo queimará os ímpios até que eles sejam completamente extintos e a justiça seja cumprida.
 
B. ( ) O fogo atormentará os ímpios eternamente.
 
No contexto da vida ou morte eterna, por que é reconfortante a verdade bíblica de que o inferno não queima e tortura as pessoas para sempre? Se o tormento eterno e consciente fosse o destino dos perdidos, o que isso diria sobre o caráter divino?

Terça-feira, 16 de novembro
Ano Bíblico: Rm 1-4
Vida e bem, morte e mal, bênção e maldição
 
Próximo ao final do livro, depois de um longo discurso sobre o que aconteceria ao povo se desobedecesse ao Senhor e quebrasse as promessas da aliança, Deuteronômio 30 começa com a promessa de que, mesmo que caíssem em desobediência e fossem punidos com o exílio, Deus os restauraria à terra. Isto é, caso se arrependessem e abandonassem seus maus caminhos.
 
4. Leia Deuteronômio 30:15-20. Quais são as opções apresentadas ao antigo Israel, e como refletem o que vemos em toda a Bíblia?
 
Yahweh colocou diante do povo duas opções, como fez com Adão e Eva no Éden. As palavras hebraicas para “bem” (tov) e “mal” (ra‘) em Deuteronômio 30:15 são as mesmas usadas em Gênesis para a árvore do conhecimento do “bem” (tov) e do “mal” (ra‘). Não há meio-termo, nenhum lugar neutro para se estar. Eles deveriam servir ao Senhor e ter vida ou escolher a morte. E nós temos as mesmas opções.
 
Vida, bem, bênção, em contraste com morte, mal e maldição. Porém, pode-se argumentar com justiça que Deus ofereceu apenas o bem, a vida e as bênçãos. Mas caso escolhessem se afastar Dele, essas coisas ruins seriam o resultado natural, pois eles perderiam a proteção divina especial.
 
Seja qual for a nossa compreensão, essas opções foram apresentadas ao povo, e fica evidente a realidade do livre-arbítrio. Esses versos, e muitas outras passagens da Bíblia, do AT e do NT, não fazem sentido se não houvesse o dom sagrado da livre escolha.
 
Em um sentido real, o Senhor disse-lhes: Portanto, com o livre-arbítrio que lhes dei, escolham a vida, a bênção e o bem, não a morte, nem o mal e a maldição.
 
Parece tão óbvio qual seria a escolha correta, não é? No entanto, sabemos o que aconteceu. O grande conflito era tão real como ainda é no presente, e devemos aprender com o exemplo de Israel o que pode acontecer se não nos entregarmos totalmente ao Senhor e escolhermos a vida e tudo o que essa escolha envolve.
 
Leia Deuteronômio 30:20. Observe a ligação entre amor e obediência. O que Israel deveria fazer para ser fiel ao Senhor? Como os mesmos princípios se aplicam a nós?

Quarta-feira, 17 de novembro
Ano Bíblico: Rm 5-7
O mandamento não é muito difícil
 
Deuteronômio 30 começa com o Senhor dizendo o que aconteceria caso o povo se arrependesse e se afastasse de seus maus caminhos. Que promessas maravilhosas foram oferecidas a eles!
 
5. Leia Deuteronômio 30:1-10. Embora o texto fale sobre o que aconteceria com eles se desobedecessem, quais são as promessas de Deus a eles? O que isso nos ensina sobre a graça divina?
 
Ouvir isso foi reconfortante. No entanto, se eles se afastassem do que Deus tinha ordenado, haveria consequências. O Senhor não oferece graça barata. Deveriam, no mínimo, ter percebido nas palavras de Deus Seu grande amor por eles, e, como resposta, amar o Senhor, revelando seu amor sendo obedientes às Suas palavras.
 
6. Leia Deuteronômio 30:11-14. O que o Senhor disse? Que promessa há nesses versos e quais textos do NT refletem a mesma promessa?
 
Com essa bela linguagem e lógica inabalável, veja o apelo feito no texto. O Senhor não lhes pediu algo difícil de fazer. O mandamento não era difícil de entender nem misterioso, nem estava fora de seu alcance. Não estava no céu, tão longe que outra pessoa tivesse que buscar, tampouco nos mares, de modo que alguém devesse levar a eles. O Senhor disse: “Pois esta palavra está bem perto de vocês, na sua boca e no seu coração, para que vocês a cumpram” (Dt 30:14). Ou seja, vocês a conhecem o suficiente para ser capazes de a pronunciar, e está em seu coração, e sabem que devem fazê- lo. Portanto, não há desculpa para não obedecer. “Todas as Suas ordens são promessas habilitadoras” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 333).
 
O apóstolo Paulo cita alguns desses versos no contexto da salvação em Cristo, referindo-se a eles como um exemplo de justificação pela fé (Veja Rm 10:6-10).
 
Após esses versos, o povo foi instruído a escolher: vida ou morte, bênção ou maldição. Se, pela graça e pela fé, escolhesse a vida, ele a teria. Seria diferente hoje?

Quinta-feira, 18 de novembro
Ano Bíblico: Rm 8-10
Uma questão de adoração
 
O cerne da aliança entre o Senhor e Israel era a adoração. O que o tornava diferente de todo o mundo era que somente essa nação adorava o Deus verdadeiro, em contraste com os falsos deuses do mundo pagão, que na verdade não eram deuses. “Vejam, agora, que Eu, sim, Eu sou Ele, e que não há nenhum deus além de Mim” (Dt 32:39).
 
7. Leia Deuteronômio 4:19; 8:19; 11:16 e 30:17. Qual é a advertência comum nesses versos? Por que ela era essencial para a nação de Israel?
 
Milhares de anos atrás, como hoje, o povo de Deus vivia em meio a uma cultura e ambiente que, geralmente, exalava padrões, tradições e conceitos que conflitavam com sua fé. Por isso, o povo de Deus deve estar alerta, para que os caminhos do mundo, seus ídolos e seus “deuses” não se tornem objetos de sua adoração.
 
Nosso Deus é zeloso (Dt 4:24; 5:9; 6:15), e somente Ele, como Criador e Redentor, é digno de adoração. Não há meio-termo: ou adoramos o Senhor, que traz vida, o bem e bênçãos, ou adoramos outro deus, que traz morte, mal e maldições.
 
8. Leia Apocalipse 13:1-15 e concentre-se na questão de como a adoração é apresentada. Em seguida, compare esses versos com Apocalipse 14:6-12. O que acontece em Apocalipse que reflete a advertência dada em Deuteronômio (e em toda a Bíblia) sobre a adoração falsa?
 
Por mais diferente que seja o contexto, a questão é a mesma: as pessoas irão adorar o Deus verdadeiro e terão vida, ou sucumbirão às pressões, abertas ou sutis, ou ambas, para deixar sua fidelidade a Ele e enfrentarão a morte? Em última análise, a resposta está no coração de cada um. Deus não forçou o antigo Israel a segui-Lo e não nos forçará. Como vemos em Apocalipse 13, força é o que a besta e sua imagem irão empregar. Deus, em contraste, atua por meio do amor.
 
Como podemos ter certeza de que, mesmo de forma sutil, não estamos pouco a pouco deixando nossa lealdade a Jesus por algum outro deus?

Sexta-feira, 19 de novembro
Ano Bíblico: Rm 11-13
Estudo adicional
 
No presente, como no passado, devemos fazer uma escolha. Sim, a palavra crucial é escolha. Ao contrário de uma ideia difundida no cristianismo, segundo a qual, mesmo antes do nascimento, Deus predestinou alguns não apenas a se perderem, mas até a queimarem no inferno para sempre, as Escrituras ensinam que nossa escolha pela vida ou pela morte, bênção ou maldição, bem ou mal, determina qual tríade (vida, bem, bênção – ou morte, mal, maldição) iremos finalmente encarar. É reconfortante saber que, mesmo que alguém faça a escolha errada, o resultado será morte eterna, não tormento eterno em um lago de fogo sem fim.
 
“‘O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor’ (Rm 6:23). Ao passo que a vida é a herança dos justos, a morte é o destino dos ímpios. Moisés declarou a Israel: ‘Vê que proponho, hoje, a vida e o bem, a morte e o mal’ (Dt 30:15). A morte a que se faz referência nessas passagens não é a que foi pronunciada sobre Adão, pois a humanidade toda sofre a pena de sua transgressão. É a ‘segunda morte’ que contrasta com a vida eterna” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 544).
 
Perguntas para consideração
 
1. É Deus quem diretamente traz a punição pela desobediência ou é consequência dos atos de desobediência? Ou podem ser ambos? Como entender esse assunto?
 
2. O que os textos de Ellen White ensinam sobre o poder para vencer o pecado?
 
3. Leia Romanos 10:1-10, em que Paulo cita Deuteronômio 30:11-14 ao explicar a salvação pela graça mediante a fé em Jesus em contraste com a busca pela salvação e justiça por meio da lei. Por que ele citou Deuteronômio? Observe especialmente Romanos 10:10. O que Paulo defende?
 
4. A cultura e a sociedade ao seu redor têm opiniões que levam à adoração falsa?
 
Respostas e atividades da semana: 1. Comer da árvore e morrer ou não comer e viver. 2. Vida eterna e morte eterna, salvação e perdição. São apresentados de forma direta e clara. 3. A. 4. Obedecer e viver, desobedecer e morrer. A Bíblia nos dá apenas essas opções. 5. Reuni-los, dar-lhes a terra, dar vida e abundância. Deus é misericordioso e perdoador. Ele ama Seus filhos e quer salvá-los. 6. O mandamento não é difícil de se cumprir (Rm 10:6-10). 7. Não adorem outros deuses. A adoração ao Deus verdadeiro era essencial na aliança. 8. A adoração irá determinar vida eterna ou morte eterna. A adoração falsa conduz à morte eterna.
 
Resumo da Lição 8
Escolham a vida
TEXTO-CHAVE: Dt 30:19
 
FOCO DO ESTUDO: Gn 2:8, 9; 3:22; Dt 4:19; 30; Rm 6:23; Ap 14:6-12
 
ESBOÇO
 
Na estrutura da aliança em Deuteronômio, a parte que segue as bênçãos e maldições (Dt 27–28), após as estipulações (Dt 5–26), culmina na seção do apelo. Deus lembrou a Israel o que Ele fez – todos os Seus atos de salvação desde a saída do Egito. Ele, então, passou para a próxima etapa e exigiu de Israel obediência às leis e compromisso com a aliança. Em seguida, em paralelo com as antigas alianças do Oriente Próximo, o discurso de Moisés invocou testemunhas (Dt 30:19; 31:19; 32:1-43). O objetivo dessas testemunhas era apoiar o pleito da aliança e conferir ao seu apelo uma característica universal.
 
Temas da lição
 
• O grande conflito. Desde o início da história, a Bíblia fala sobre uma luta cósmica entre Deus, com Sua lei de luz e vida, e Satanás, com seu caminho de morte e trevas.
 
• A obrigação de escolher. Como Adão e Eva no jardim do Éden, Israel é desafiado por Deus a escolher entre dois caminhos. O paradoxo é que se escolherem o caminho errado perderão sua liberdade e não serão capazes de fazer escolhas.
 
• A questão em jogo. A vida é a questão em jogo.
 
COMENTÁRIO
 
O apelo para escolher
 
Israel tinha acabado de ouvir as bênçãos e as maldições, com ênfase nas maldições. Com isso em mente (Dt 30:1), Israel estava pronto para fazer uma escolha. A fim de preparar o povo para seguir na direção certa no tratado da aliança, Moisés usou dois argumentos. Primeiro, estipulou que todas as promessas condicionais de Deus são articuladas nas conjunções “se” (‘im) ou “quando” (ki): “quando todas estas coisas vierem sobre vocês [...] e voltarem para o Senhor, seu Deus, [...] e derem ouvidos à Sua voz” (Dt 30:1, 2); “Se derem ouvidos à voz do Senhor, seu Deus, guardando os Seus mandamentos e os Seus estatutos, escritos neste Livro da Lei, se vocês se converterem ao Senhor, seu Deus, de todo o coração e de toda a alma” (Dt 30:10; compare com Dt 30:17). Em segundo lugar, Moisés garantiu ao povo que guardar o mandamento de Deus não estava fora de seu alcance: “Não está no Céu [...] esta palavra está bem perto de vocês” (Dt 30:12-14).
 
Não só é do interesse de Israel obedecer a Deus, por causa de Suas promessas, mas também a obediência está ao seu alcance. Deus, porém, não os força. Eles têm diante de si dois caminhos: vida e morte. Essa era a prerrogativa deles – fazer uma escolha. Moisés estava simplesmente mostrando-lhes os bons motivos pelos quais o caminho da vida era a escolha certa, e ele os incentivou a fazer essa escolha. A solenidade desse apelo foi – como nos antigos tratados de aliança – apoiada por testemunhas que garantiam sua veracidade. Nesse caso, as testemunhas são cósmicas – “céus e terra” – como se o destino, a salvação do mundo, estivesse em jogo. Se Israel falhasse em fazer a escolha certa, todo o projeto da vinda do Messias, o Salvador do mundo, ficaria comprometido.
 
Perguntas para discussão e reflexão: Por que Deus deseja que escolhamos? Por que só a teologia, o conhecimento da verdade, não é suficiente para a salvação? Alguém disse que a diferença entre o filósofo e o profeta bíblico é que o filósofo faz você pensar, enquanto o profeta faz você escolher. Discuta a diferença entre as duas ações. A escolha não implica pensar? Explique. Como o exercício de pensar ajuda, ou se torna uma armadilha, ao tentarmos fazer a escolha certa?
 
A escolha de Adão
 
O apelo para decidir-se é uma reminiscência de outro apelo de Deus para escolher, que também determinou o destino da humanidade (Gn 2:16, 17). Adão também foi confrontado com a mesma escolha entre dois caminhos: “vida e morte”. Nesse caso, Deus também fez uma aliança com um ser humano, baseada na lei divina. Foi o primeiro mandamento de Deus para a humanidade. O Senhor também apresentou aos humanos todos os bons argumentos para guardar Sua lei: o conceito da promessa condicional de vida versus morte, bem como a ideia da possibilidade da obediência, tendo em vista o fato de que Deus deu a Adão todas as árvores das quais poderia comer livremente.
 
Contudo, quando Adão usou sua liberdade para escolher o caminho do mal, o bem se misturou com o mal. Ele perdeu a capacidade de distinguir claramente entre o bem e o mal e, portanto, sua liberdade de escolher entre os dois caminhos. Como afirma Ellen G. White: “O homem perdeu tudo porque tinha preferido ouvir o enganador em vez Daquele que é a verdade, que unicamente tem o entendimento. Por misturar o mal com o bem, sua mente se tornou confusa, e suas faculdades mentais e espirituais se tornaram entorpecidas. Não mais poderia apreciar o bem que Deus tão livremente havia concedido” (Educação, p. 25).
 
Perguntas para discussão e reflexão: Leia Gênesis 3:22. Como você explica o fato de que, de acordo com a tradução desse texto, os humanos se tornaram semelhantes a Deus, no que diz respeito à distinção entre o bem e o mal, porque pecaram? O que o texto diz de fato?
 
Considere o seguinte problema de tradução. A mesma forma do verbo hayah, “era”, é usada para descrever a condição da serpente, que inclui um tempo anterior: “A serpente era [hayah] mais astuta” (Gn 3:1, ARC). Nesse verso, o verbo “ser” também é usado no mesmo tempo verbal para descrever uma condição anterior e não algo presente. Na verdade, a mesma ideia já foi expressa pela serpente: “Como Deus, vocês serão conhecedores do bem e do mal” (Gn 3:5). Nesse verso, o conhecimento envolve discernimento, saber a diferença entre o certo e o errado. Esse discernimento só era possível enquanto Adão era igual a Deus, completamente sem pecado. A única maneira de conhecer o bem e o mal não é, como disse a serpente, conhecer (experimentar) o mal e o bem, mas conhecer apenas o bem. Na verdade, assim que os humanos conheceram o mal, eles perderam sua capacidade de discernir entre o bem e o mal e, portanto, o senso do “bem” (Jacques B. Doukhan em “Gênesis”, Seventh Day Adventist Bible Commentary; veja Gn 3:22).
 
Adore-O
 
Quando Deus apresentou a Adão e a Israel a escolha entre a vida e a morte, Ele não estava apenas pedindo um “sim”. A decisão significava mais do que mera afirmação. Essa decisão envolvia primeiro a escolha de Adão e de Israel de “amar ao Senhor”. Tudo em ambas as narrativas se resume à questão da adoração. A questão não é a lei. A religião não deve existir por causa da religião, mas por causa de Deus. Religião à parte de Deus é apenas outra tradição da cultura humana.
 
A obediência à lei é válida na medida em que é a expressão do amor de alguém por Deus. A razão dessa escolha exclusiva é o fato absoluto de que há um só Deus: “Não há nenhum deus além de Mim” (Dt 32:39). Outra vez, é reafirmado o monoteísmo que está no cerne do livro de Deuteronômio. Para deixar ainda mais claro, o verso aplica essa verdade à realidade da vida e da morte: “Eu mato e Eu faço viver” (Dt 32:39). Sim, Deus dá vida, mas e quanto ao assassinato? Se Deus é definido como o Deus da vida, por que essa referência à morte? Na verdade, essa declaração não significa que Deus mata e vivifica, literalmente. Essa frase se refere a dois opostos (vida e morte), para implicar a totalidade, a abrangência do poder divino.
 
É uma forma de linguagem para se referir ao monoteísmo. É por isso que a adoração diz respeito apenas ao Deus da criação, que deu a vida e criou tudo. Somente com Deus temos certeza de vida. Quando Deuteronômio explica que da obediência de Israel “depende a vida e a longevidade” do povo (Dt 30:20), é para lembrar à nação de que a vida dela depende inteiramente do Senhor. A única forma de sobreviver, de permanecer vivo, é, portanto, “apegando-se a Ele” (Dt 30:20). No entanto, mesmo esse apego que o profeta hebreu tem em mente não é a experiência dos místicos. A resposta de adoração ao Deus Criador e ao Seu amor não equivale a sentimentos, a uma confissão sentimental ou a um louvor; é um movimento muito concreto na realidade da vida: “andem nos Seus caminhos” (Dt 30:16).
 
Perguntas para discussão e reflexão: Comente a diferença entre o misticismo oriental e a religião bíblica. Qual é a diferença a respeito do lugar de Deus e da religião na vida? Como a ideia da evolução afeta o conceito de adoração?
 
APLICAÇÃO PARA A VIDA
 
Dois irmãos receberam a mesma educação e usufruíram dos mesmos privilégios; no entanto, apenas um teve uma vida gratificante, com um trabalho frutífero e uma família feliz. O outro falhou totalmente e acabou na prisão, sem ninguém para cuidar dele. Que papel as escolhas desempenham nas diferentes trilhas da vida? Até que ponto as escolhas são determinadas pela educação, riqueza e ambiente de vida? Discuta a justiça das escolhas em relação à condição de justiça social.
 
No início do dia, ao fazer uma pausa para a meditação diária, pense no seu trabalho, no seu cônjuge (se tiver) e nos seus amigos. Faça a si mesmo as seguintes perguntas: Como posso fazer felizes as pessoas ao meu redor? Que mudanças em meus hábitos essa decisão exigiria para que isso se concretizasse? Pense em sua vida: Que escolhas ruins você fez que precipitaram seu fracasso? Que boas escolhas você fez que o levaram ao sucesso? Onde estava Deus em suas escolhas?
 
Você está encarregado de um culto de adoração. Qual é a sua prioridade? Seu amor pelo Senhor? Sua cultura? O amor dos seus amigos? Considerando o fato de que todos esses componentes são essenciais na adoração, o que você vai escolher que irá conciliar a tensão entre o dever de reverência e a necessidade de desfrutar o calor de sua comunidade?

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