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21/08/2015 as 14:00:31 | por EM.COM.BR |

Aposentados temem pagar a conta do ajuste fiscal

Indefinição do governo sobre a antecipação do benefício de fim de ano causa indignação nessa faixa da população que depende do dinheiro para manter os pagamentos em dia

Fotografo: Divulgação
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"Se as pessoas tiverem a parcela da aposentadoria na mão, vão consumir mais
Os aposentados não aceitam pagar a conta do ajuste fiscal. Eles criticam a indefinição do governo federal em relação à antecipação do pagamento de metade do 13º salário ainda neste mês, como ocorreu nos últimos nove anos. “Se as pessoas tiverem a parcela de sua aposentadoria na mão, vão consumir mais, o dinheiro vai circular e a recessão não se aprofundará. Basta ler Adam Smith”, afirmou nessa terça-feira (18) o advogado Pedro  Jorge, de 82 anos, em referência ao filósofo e economista britânico do século 18, pai da economia moderna, teórico do liberalismo econômico e autor da obra A riqueza das nações. “Ao segurar os recursos do aposentado, o governo está destruindo o varejo onde ele nasce”, acrescentou.
 
Com Jorge concorda a empresária Mariangela Lopes Cançado, de 60. “Prejudica o comércio que já está em dificuldades e as pessoas que dependem desse dinheiro. Muito espanta, porque os gastos do governo continuam. E o sacrifício é em cima do povo”, criticou. Opinião semelhante manifesta Isolino Ferreira Filho, de 71, aposentado que foi securitário. “A decisão de não manter a antecipação é péssima, pois todos estão apertados, precisando do dinheiro. E quem fez dívidas contando com o pagamento?”, indagou As dívidas contraídas são o ponto mais perverso da situação, afirma o aposentado Guilherme João, de 79. “É uma perversidade, porque mesmo o pagamento adiantado de metade do benefício não sendo lei, o costume faz com que se torne”, diz ele. Ao mesmo tempo, Guilherme João considera: “Não vejo solução, estamos num beco sem saída. Não há dinheiro. Vai sair de onde? Como sempre, a classe média paga o pato. Esta mesma classe que o governo chama de burguesa. Só que não é bem assim”.
 metalúrgico aposentado José Antonio Barbosa, de 86, vive uma situação dramática e está afundado em dívidas e problemas. “O governo está completamente errado em retardar este pagamento. Eu aposentei com quatro salários, hoje recebo apenas um e estou passando dificuldades. Minha mulher quebrou o fêmur e não consigo pagar ninguém para ajudá-la. Se não vai antecipar como sempre fez, fica pior ainda. Vai ver que nem o 13 vai pagar”, disse.
 
Com o aperto de caixa, o governo bate cabeça em torno desta questão. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy já declarou não haver recursos disponíveis no momento para a antecipação do abono natalino aos aposentados. Para ter uma ideia do que representa para o caixa do governo a antecipação, no ano passado foram transferidos em agosto R$ 13,9 bilhões para cerca de 27 milhões de aposentados e pensionistas.
A decisão ainda não foi anunciada oficialmente. E o ministro da Previdência, Carlos Gabas, em diversas reuniões com as entidades representantes de aposentados tem manifestado preocupação. Tecnicamente, o INSS pode realizar a antecipação este mês, desde que o decreto presidencial seja publicado nos próximos dias. Mas na prática, esta não é uma medida desejada pela equipe econômica.
 
Sindicato vai ao Suprremo
 
O Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), nessa terça-feira (18), pedindo que o governo seja obrigado a depositar a primeira parcela do 13º. Se o pedido for negado, a entidade quer que o STF suspenda a cobrança por parte de instituições financeiras a quem tomou dinheiro emprestado para antecipar o benefício. Na prática, o sindicato sabe que haverá apenas mais desgaste político, pois não existe lei prevendo o adiantamento do 13º no INSS. A antecipação de metade do benefício foi iniciada em 2006, a partir de um acordo entre governo e representantes dos aposentados e pensionistas. Segundo a Previdência esse acordo se estendia apenas até 2010. De lá para cá, teria sido estendido por liberalidade do governo para manter a economia aquecida.

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